Liberada há 20 dias, Isabelly não consegue voltar para casa por falta de vaga na UTI

Informações: Portal Bonde
A menina Isabelly Vitoria ainda não conseguiu retornar a Rolândia, mesmo após ter recebido liberação dos médicos do Hospital das Clínicas, em Curitiba. O impasse ocorre devido à falta de vaga nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) em hospitais de Londrina. A criança precisa ficar pelo menos um dia internada para finalmente voltar para casa. 

O pai da menina, Wagner Roberto Mello, disse que aguarda a desocupação de leitos há quase um mês. "Eles ligam avisando da disponibilidade, mas retornam no mesmo dia, pedem desculpas e dizem que houve cancelamento. Ontem, havia uma vaga no HU, que foi suspensa horas depois. Não sabemos mais o que fazer", desabafa. 

Mello explica que a filha será avaliada por um médico de Londrina antes de retornar para casa definitivamente. "Como o SUS não tem atendimento domiciliar, é necessário que ela passe por estabilização dentro de um hospital", completa. "Gostaria que o Hospital Infantil abrisse a exceção, já que os profissionais de lá acompanharam o caso desde o começo". 

A assessoria de imprensa do Hospital Infantil informou que não há vagas de isolamento na UTI no momento. A liberação, segundo ela, se dá exclusivamente por meio da Central de Regulação de Leitos. A reportagem não conseguiu contato com o órgão estadual até a publicação desta matéria. A Secretaria Municipal de Saúde, por sua vez, foi informada pela Central que o nome da paciente continua na espera por nova vaga. O motivo do cancelamento de ontem não foi divulgado. 

Entenda o caso 

Natural de Rolândia, Isabelly Vitoria foi internada pela primeira vez no Hospital Infantil, em dezembro de 2013, depois de ser diagnosticada com uma doença grave que impede a produção de anticorpos. Em junho de 2014, após decisão judicial, ela foi transferida para o HC de Curitiba, onde recebeu a medula da mãe. 

Mesmo após o transplante, a menina precisava de um marca-passo no valor de R$ 500 mil. Depois de batalhas judiciais e confusões na entrega, o aparelho foi implantado em fevereiro deste ano. Atualmente, a menina passa bem e tem quadro de saúde estável, segundo confirmou o pai, em entrevista ao Portal Bonde. 

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